Slavoj Žižek observando o mundo.
Uma dos problemas históricos mais emblemáticos e que se tornou um tabu político-social até hoje é o fracasso do Comunismo. A armadilha mais enganosas no caminho dos marxistas é a busca do momento da queda, em que as coisas tomaram a direção errada na história do marxismo. Terá sido o Engels tardio com sua compreensão mais positivista/evolucionista do materialismo histórico? Terão sido o revisionismo e a ortodoxia da Segunda Guerra Internacional? Terá sido Lênin?
Ou o próprio Marx em seu trabalho posterior, depois que abandonou o humanismo da juventude (como certos “marxistas humanistas” alegaram há algumas décadas)? Todas essas questões devem ser postas de lado. Não há motivo para controvérsia: a queda deve ser inscrita nas próprias origens. (De modo ainda mais claro, essa procura do intruso que infectou o modelo original e colocou em marcha sua degeneração só pode reproduzir a lógica do anti-semitismo). Ele direciona todo seu material bélico para a América Latina, onde censura alguns lideres, condena sistemas, mas elogia a política e Lula. Sem querer me redundar no discurso do vídeo acima, Žižek questiona o fato de talvez não estarmos analisando direito as respostas porque não construimos de maneira correta o problema. Grande entrevista que tem a parte 2, onde ele fala do tema que mais o contagia: Cinema.
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